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Será o fim da topografia convecional?


Em muitos grupos de conversas de engenharia se escuta a indagação sobre o futuro da topografia convencional com a chegada da novas tecnologias que permitem realizar serviços de topografia de modo mais ágil e eficaz, como também escutamos discussão sobre topografia convencional versus topografia com drone.

Nesse artigo, iremos explicar sobre essas indagações e desmistificar essas discussões sobre o futuro da topografia.


A topografia é uma ciência antiga e popular com ampla aplicação em projetos de engenharia, portanto, esse artigo irá explanar sobre as duas topografias em discussão e defini-las.


Inicialmente, vamos definir a topografia convencional, que de forma bem sucinta pode ser entendida como “a ciência que tem por objetivo descrever um lugar utilizando instrumentos e métodos para representar graficamente, levando em consideração suas feições geométricas".


Na topografia convencional, sabemos que é necessário uma equipe de campo (3 a 5 pessoas) utilizando uma estação total, prismas e/ou receptor GNSS geodésico ou RTK ocupe pontos ou objetos na porção do terreno que deseja representar.


Já a “topografia com drone”, corretamente falando, nada mais é a fotogrametria, que existe ha séculos, definida como a ciência e tecnologia de obtenção de informações confiáveis sobre objetos físicos, sem o contato direto, através de sensores embarcados em aeronaves (drone).


Quando se refere à mapeamento aéreo também estamos falando, principalmente, de fotogrametria, que surgiu na França no século 19, com os primeiros registros sendo feitos por balões e, posteriormente, aeronaves tripuladas de grande porte.


Por que só agora que se fala em fotogrametria?

A fotogrametria, só conseguiu esse alcance que tem hoje pelo surgimento dos drones, pois antes era uma técnica bastante cara e dependiosa onde apenas grandes empresas conseguiram implementar e realizar os serviços de mapeamento aéreo. Hoje, com as novas tecnologias, como os drones, mais pessoas e empresas obtiveram acesso aos equipamentos necessários para se realizar serviços de aerolevantamento (mapeamento aéreo).


Agora que já esclarecemos cada uma das ciências, vamos apresentar os tipos de projetos e onde podemos aplicá-las, de acordo com a necessidade, precisão e acurácia exigida.


A topografia convencional, onde necessita ocupar o ponto de interesse no terreno para representar e essa exige o uso de uma estação total e prismas, são aplicadas em projetos nos quais a precisão estão na casa do milímetro.

Estação total

Podemos citar aqui alguns exemplos, na construção civil, como a locação dos pilares da construção de uma ponte, locação de obras de construção de edifícios e casas, monitoramento dos pilares durante a execução da obra, locação de imóveis urbanos e rurais in loco, levantamento planialtimétrico etc. Todos esses exemplos são realizados com uma equipe de campo, para materialização dos pontos e manuseio dos instrumentos citados acima.


Em obras de estradas, podemos citar a terraplenagem, o nivelamento geométrico, locação das curvas e das sinalizações etc.


Na fotogrametria com drones ou Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), a precisão alcançada, com testes de confiabilidade, é centimétrica. Com isso, podemos observar que não é em todos os projetos de engenharia que podemos aplicar a “topografia com drone”.


Porém, quando o assunto é atualização da base cadastral de um município para cálculo de IPTU, fiscalização ambiental, levantamento primitivo de uma área a ser utilizada para algum tipo de construção, medições rápidas de áreas (georreferenciadas), cálculo de volume na mineração (em breve lançaremos um case de sucesso: drones para cálculo de volume na mineração) etc, a topografia com drones é a solução mais viável, eficaz e econômica na execução desses projetos.


Fazendo uma comparação entre as duas metodologias, temos diferentes tipos de produtos gerados, pois na topografia convencional, os produtos gerados são plantas topográficas do terreno (planta baixa) com curvas de nível e baixa riqueza de detalhes, no entanto, na fotogrametria com drone, os produtos tem uma grande quantidade de pontos (milhões) com maior riqueza de detalhes e representação fidedigna do terreno, podendo ser gerado também as curvas de nível e,também, produtos como Modelo Digital de Superfície (MDS), Modelo Digital do Terreno (MDT) e um Ortomosaico, onde são realizadas as mensurações e cálculos.


Modelo Digital de Superfície (MDS)
Modelo Digital de Terreno (MDT)

Não podemos deixar de comentar sobre os custos e produtividade. Como citado logo no início desse artigo, a topografia convencional necessita de pelo menos 3 a 5 pessoas em campo para a coleta de pontos, então, requer um gasto maior com equipe de campo, sem contar na baixa produtividade quando se refere a um grande projeto, podendo levar dias ou até meses. Já na fotogrametria com drones há necessidade de apenas 2 (duas) pessoas em campos, reduzindo drasticamente os custos e sendo mais produtivo conseguindo finalizar o projeto em apenas 2 a 3 dias, dependendo do tamanho do mesmo.

Portando, podemos observar que as duas ciências não são excludentes e muito menos substitutivas, uma vez que, para realizar um projeto aerofotogramétrico com uma boa qualidade de precisão é necessário inserir e coletar pontos de apoio em campo, sendo somente possível essa coleta com estação total e/ou receptor GNSS geodésico ou RTK integrando as duas para uma melhor solução.


Então, cabe ao engenheiro conhecer a dificuldade do seu cliente e aplicar a ciência que lhe trará melhores resultados, custo e benefício. Cada uma tem o seu papel fundamental na aquisição dos dados de cada projeto.


Por fim, NÃO será o fim da topografia convencional e

sim, um avanço na área da topografia e melhores resultados para engenharia em geral.

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